Você sabe o que é Open Banking?
É um conceito que promete mudar o ecossistema financeiro, deixando os processos mais transparentes para o consumidor. Além disso, traz mais poder ao cliente que agora poderá enviar as suas informações financeiras para onde quiser e ter mais opções na hora de adquirir um serviço bancário.
O Open Banking (OB) já vem sendo utilizado em países da União Europeia e Reino Unido. No começo, a ideia era promover a concorrência no setor bancário e dos pagamentos. Mas o impacto do OB é mais amplo a partir da promessa de criar uma nova infraestrutura de compartilhamento de dados.
No mundo, há uma variedade de modelos de OB. No Brasil, o Banco Central do Brasil começou sua implementação em fevereiro. Entenda melhor o impacto dessas mudanças com a chegada do Open Banking:
1. O que é o Open Banking e para que serve?
Open Banking significa Banco Aberto ou Sistema Bancário Aberto e permite ao consumidor um leque de opções para que ele tenha mais liberdade em levar as suas informações de um banco ao outro, sempre escolhendo o melhor para as suas necessidades, de maneira muito mais prática.
Portanto, tem como base que todo o mercado financeiro deve adotar uma tecnologia padronizada. Isso permite uma comunicação mais fácil e simplifica a portabilidade.
Outro método que auxilia no funcionamento do OB é a API (Interface de Programação de Aplicações) que facilita a comunicação entre os aplicativos. A API permite ampliar a oferta de produtos e serviços financeiros oferecidos ao consumidor.
Ou seja, juntos, o OB e a API possibilitam que seja criado um ecossistema de produtos e serviços financeiros ao redor das instituições.
Na prática, isso significa permitir que cada cliente possa pegar o seu histórico de crédito (desde quando abriu sua primeira conta) e levá-las a outro lugar sem ter que começar uma relação do zero.
Hoje, esse processo é muito burocrático e faz com que alguns clientes desistam de trocar de instituição bancária. Já com as metodologias acima, o processo é facilitado e simplifica a mudança do consumidor ou a aquisição de algum produto financeiro. Dessa forma, a concorrência e competição aumentam.
2. Vantagens do Open Banking
Uma das principais vantagens do OB é poder ter as suas informações e trocar de instituição de maneira mais fácil. Confira outros benefícios ao adquirir esse método:
- Custos menores – Com o OB e APIs, há redução no número de intermediários para executar um processo. Logo, os custos diminuem para os bancos. Sem falar no andamento que será muito mais rápido;
- Taxas menores – Ao conectar as instituições financeiras e compartilhar informações, haverá aumento na concorrência. Os consumidores terão acesso a opções mais atrativas e menos abusivas no mercado;
- Diversificação de fontes de receita – Além da redução de custos, os bancos podem se beneficiar com a diversificação das fontes de receita. As instituições ganharão diversos canais para oferecer o seu produto. Com isso, os clientes não precisarão ir até um banco específico e passar por processos burocráticos na hora de adquirir um produto;
- Serviços melhores – Com alguns processos burocráticos sendo substituídos, é esperado que haja otimização nas principais operações dos bancos. E o uso de APIs auxilia no desenvolvimento de novos sistemas e aplicações, visando melhorias para os usuários;
- Melhor experiência – Não é difícil imaginar que sem boa parte da burocracia, a experiência dos usuários melhore. Além disso, os produtos das instituições poderão ser ofertados em diversas plataformas, as quais ainda podem se especializar em um único produto, por exemplo, o empréstimo.
3. Desafios e a Segurança
O Open Banking funciona de diversas maneiras. Aqui, no Brasil, estará sob a regulamentação do Banco Central (BC). Logo, toda e qualquer instituição estará debaixo do guarda-chuva do BC como instituição financeira ou de pagamento.
Portanto, as empresas participantes estão sujeitas a punições por parte do BC caso não sigam as regras estabelecidas para o OB. Por isso, a tendência é de todas as instituições seguirem à risca as recomendações do BC.
Em relação ao envio e recebimento de informações, estes serão protegidos pela Lei Complementar n° 105/2001, do Sigilo Bancário. Ela proíbe o compartilhamento de dados para instituições não participantes do OB, bem como de venda de informações dos clientes para terceiros.
O Open Banking também está relacionado à Lei Geral de Proteção de Dados (n° 13.709/2018), que vai além do setor financeiro e dá autonomia para o consumidor em relação aos seus dados.
Por ser algo novo, é necessário um grande planejamento e ajustes ao longo dos meses de uso. Como mencionado, um dos maiores desafios será na segurança dos dados dos consumidores, mas o Banco Central já planeja algumas medidas para garantir a segurança dos usuários.
Open Banking surge para fazer parte de um mundo novo, onde processos e ferramentas surgem para acompanhar a evolução da segurança financeira dos usuários ao mesmo tempo em que simplifica esses processos.
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